ESTUDOS CLÁSSICOS E HUMANÍSTICOS
Recepção & Ekphrasis no Ensino de Letras Clássicas
Categoria: |
Livro |
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Weberson Fernandes Grizoste |
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Francisco Bezerra da Silva |
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O ensaio da Doutora Flavia Amaral abre a sessão de crítica ecfrástica refletindo-a nos epigramas fúnebres e enigmáticos gregos. O texto aborda questões sobre o epigrama enquanto gênero: sua forma, conteúdo, autoria, preservação e transmissão desde a antiguidade. Primeiro faz um panorama sobre as principais fontes do epigrama fúnebre grego; e depois traz uma análise aprofundada dos epitáfios enigmáticos.
Na sequência, o Professor Mestre Francisco de Lima reflete sobre a amplificatio como procedimento pré-ecfrástico na Oratio pro Sestio, “Defesa de Séstio”, de Cícero. Segundo a qual o orador consegue, amplificando elementos do discurso, construir o ethos de seu cliente e desconstruir o ethos de seus adversários através de pintura de retratos morais cuja finalidade é conquistar a decisão do júri. A amplificatio é, portanto, um procedimento retórico predecessor a ekphrasis – uma vez que a ekphrasis só se tornou uma técnica retórica usada nos exercícios preparatórios de oratória do retores gregos a partir do século I d.C.
O terceiro ensaio desta edição, do Doutor Carlos Renato Rosário de Jesus, reflete sobre o ritmo e período oratório na esfera da antiguidade clássica e da sua influência no canto gregoriano. Faz-se um panorama sobre o ritmo e música no mundo antigo, trata da estrutura rítmica e segmentação do período e conclui sua análise tratando das refrações e influências musicais no cantus planus.
O quarto ensaio, do Doutor Weberson Grizoste e do professor André Rodrigues é um desdobramento de estudos da Iniciação Científica sobre o Carpe Diem e o Hakuna Matata. Primeiro traz uma reflexão sobre as influências da Filosofia de Epicuro na poesia de Horácio; e trata da Ekphrasis e das Poéticas do Cinema. Mais adiante o texto centra-se sistematicamente nas influências filosóficas de Horácio na arte cinematográfica Around the World with Timon and Pumbaa e encerra com a reflexão sobre as influências da Ode 2.17 de Horácio na música Stand by me, que veio a lume nesta mesma série televisiva.
O quinto ensaio, do Doutorando Francisco Bezerra, trata da transposição intersemiótica de Édipo Rei, de Sófocles, na obra cinematográfica homônima, de Pier Paolo Pasolini, adaptada em 1967. Aborda a transposição como uma demonstração de possibilidade de diálogo entre as diferentes artes; mais ainda, trata da adaptação cinematográfica como uma forma de interpretação literária que não compromete o texto de origem.
O sexto ensaio, da Doutora Soraya Chain, traz dois pontos de ressignificação hermenêutica no emprego da oração Salue Regina no conto “Marido”, de Lídia Jorge. A primeira se diz da utilização da língua latina sem qualquer marcação que demonstre se tratar de outra língua, num texto que é escrito em língua portuguesa; e a segunda se diz da manutenção da estrutura de controle da religião ao longo da obra.
Organizadores: Weberson Fernandes Grizoste; Francisco Bezerra dos Santos
Lívia Maria da Silva
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