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Faz-se um trabalho de caráter comparativo entre três poetas de diferentes culturas e gerações literárias: Plauto, Shakespeare e Gonçalves Dias. Considera-se a poesia um gênero de grande expressão para se verificar questões do pensamento e sentimento humano, mas com relação a alienação e a perda da razão são apresentados pontos de vistas a partir da dramaturgia. Em “Otelo, o mouro de Veneza de William Shakespeare”, tal obra remete ao período Renascentista inglês. O teatro nesse período significava como um meio de crítica-reflexiva sobre os problemas sociais que o dramaturgo buscava expressar. Nesse intento, Otelo é uma obra significativa da reflexão crítica de Shakespeare, onde se evidencia temas como a traição e o ciúme. A obra tece discussões sobre a política e a sociedade do período, os conflitos e o comportamento humano. 
Na abordagem “Leonor de Mendonça de Gonçalves Dias”, obra situada no período romântico brasileiro, encontra-se em destaque o trabalho em questão desenvolvido por Gonçalves Dias em virtude da sua importância no cenário da literatura. Esse poeta da primeira geração romântica é visto com grande admiração pela crítica literária, justamente pela forma como dirigiu a escritura de seus textos. Leonor de Mendonça é caracterizado como um drama indianista e, segundo a autora desta análise, tem influência da escrita e do pensamento shakespereano, estabelecendo um diáolgo entre as dramaturgias. Uma das marcas de influência de Otelo no drama gonçalvino ocorre no prólogo da obra: Othelo mata a Desdêmona No item “Análise sob os olhos da estética da recepção da alienação e razão presente nas obras”, fala-se primeiramente da obra de Plauto O Gorgulho que tem como preocupação do autor provocar o riso ao povo de Roma. Por intermédio da comédia, o poeta tece críticas sobre a questão da razão e da alienação. O exemplo de perda da razão se manifesta na figura de Fédromo. A paixão por mulheres de classe inferior sempre é tido como motivo desse tipo de perda. Por esse ângulo, Gonçalves Dias constrói as suas narrativas, deixando à mostra os traços de influência de Plauto e mais nitidamente de Shakespeare. 

Autora: Nívia Maria Messias Ribeiro